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Por Profile Profile 13 jan., 2024
A movimentada e acelerada vida atual tem exigido muito das pessoas, principalmente das mulheres. Todas as influências do meio externo tais como rotina, as imposições da mídia sobre beleza e moda, as pressões para conciliar vida familiar com trabalho e decisões acerca da maternidade e de que forma fazer essas escolhas (seja por ter ou não filhos e se tiver como manejar), afetam o interior da mulher de maneira que nos sentimos desconectadas da verdadeira essência, causando prejuízos ao nosso corpo físico, emocional e espiritual. Uma parte importante nessa desconexão vem também da nossa alimentação irregular, decorrente dessa mesma vida contemporânea. Embora a industrialização traga comodidade e facilite a nossa vida ampliando, inclusive, a possibilidade de escolha dos nossos alimentos, o excesso de corantes, conservantes e outros produtos sintéticos trazem diversos prejuízos para nossa saúde. A industrialização trouxe muitos benefícios para a nossa sociedade, principalmente no que se refere a área de alimentação. A partir do momento em que pudemos conservar os alimentos por mais tempo, seja pela refrigeração, congelamento, liofilização e mesmo a introdução de substâncias conservantes, conseguimos deixar de lado a busca por alimento diariamente. Isso também deixou os alimentos muito mais disponíveis e aumentou a vida de prateleira dos mesmos. Porém, ao mesmo tempo, nos tornamos mais sedentários. Além da facilidade na aquisição dos alimentos, também temos à nossa disposição mais meios de locomoção que exigem menos esforços. Passamos muito tempo sentados, principalmente dependendo do tipo de trabalho que exercemos, e às vezes nem praticamos qualquer atividade física extra. Com a combinação dos dois fatores citados, há um aumento de acúmulo de gordura corporal que pode levar ao sobrepeso/obesidade ou ainda a doenças crônicas como diabetes, hipertensão, dislipidemias e outras. Para complicar mais ainda, vivemos em uma dimensão na qual o tempo é importante. Muitos correm diariamente para dar conta de todas as atividades e mal possuem tempo para comer. Dessa forma, as pessoas comem rápido, não prestam atenção no que estão comendo e nem sempre dão a devida atenção para o momento da refeição. O resultado disso é a complicação dos fatores de aumento de peso e doenças. Dessa maneira, vemos que a forma que estamos lidando com a nossa alimentação está sendo deixada um pouco de lado. Mesmo com a grande gama de informações disponíveis (que nem sempre são fidedignas), ficamos confusos sobre o que comer, quando comer e como comer. Embora a ciência da nutrição esteja em constante atualização, ainda persiste uma idéia dicotômica sobre “saudável” e de categorização de alimentos por nutrientes. Muitas vezes isso é delegado para que não tenhamos responsabilidades sobre isso e se algo der errado foi culpa da dieta que foi seguida ou não funcionou com tal nutricionista/médico, o procedimento estético não era tão bom e por ai vamos dando desculpas para nós mesmos, nos sabotando e deixando de lado o prazer pela comida uma vez que todos esses processos nos trazem julgamentos internos e culpabilização.Também sabemos que o comer envolve diversos aspectos que vão além da fisiologia. O comer é um hábito cultural, é uma forma de se relacionar com as pessoas, é uma forma de aplacar sentimentos e sensações, é uma forma de ligação com sua religião para algumas pessoas ou com o meio ambiente ou seja, comer é antropológico. A nossa relação com a comida irá durar por toda nossa vida. Portanto, quanto melhor nos relacionarmos com ela, melhor será para nossa saúde em todos os sentidos! Todo esse contexto nos mostra uma sociedade que tem muitas informações sobre alimentação e nutrição mas que não são suficientes para promover modificações comportamentais e que são capazes de torná-las mais saudáveis, o que é possível ver pelos altos índices de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, obesidade além dos transtornos alimentares, que muitas vezes se desenvolvem a partir de uma primeira dieta. Isso nos deixam cada vez mais desconectadas com a nossa responsabilidade pela própria saúde e de nossa família (quando é o caso), uma vez que ficamos longe do que realmente faz bem para o corpo e para a mente e que também seja gostoso e prazeroso. Cada uma de nós precisa observar aquilo que irá nos ajudar a entender na nossa essência e saber como estamos para alcançar uma vida mais equilibrada e saudável, compreendendo a responsabilidade que temos para resolver as nossas questões emocionais, uma vez que nossas estruturas físicas, mentais e espirituais estão recebendo estímulos o tempo todo.
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